As Ferrovias - Companhia Paulista
Resumo- A primeira ferrovia paulista foi a São Paulo Railway, inaugurada em 1867 entre Santos e Jundiaí. O Estado de São Paulo se tornando o maior produtor mundial de café, toda a produção convergia em direção a Jundiaí, daí para o porto de Santos havendo a necessidade de estender a ferrovia em direção do interior, pois o transporte era feito por mulas, já se tornando deficiente. Com o apoio de grandes produtores de café e liderança do Presidente da Província, Joaquim Saldanha Marinho, foi se ampliando trechos, surgindo várias Companhias, a Estrada de Ferro Sorocabana, Companhia Paulista, Mogiana, Estrada de Ferro Araraquara e Noroeste. Com a chegada dos imigrantes, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro transportou gratuitamente mais de 700 mil com destino ao interior entre 1882 e 1917. Com a conclusão da primeira ponte sobre o Rio Tietê em 1904, o trecho de Pederneiras já estava em atividade desde 1903 e era ponta de linha do ramal de Agudos, estendido até Piratininga em 1905 e o novo ramal de Bauru em 1910. Nessa época, entre 1906 e 1910 a Companhia Paulista transportou mais de um milhão e cem mil passageiros. Entre 1921 e 1925 já transportava mais de três milhões e trezentos mil passageiros. Pioneira na tração elétrica na América do Sul desde 1922, a Companhia Paulista foi se renovando, chegando as mais seguras, requintadas e confortáveis composições que rodaram no Brasil. O chamado trem de luxo ou “trem azul”, com restaurante, carros de primeira e segunda classe e mais o “Pullman” eram exclusivos da Paulista. Eram tão pontuais que as pessoas confirmavam seus relógios pelos horários dos trens. Em 1946, com a aquisição da locomotiva “V8” da General Eletric, chegou a tracionar composições de passageiros a 120 KM/H. No Esboço Histórico do Cinqüentenário da Companhia Paulista de autoria de Mario Pinto Serva, editado em 1918, comenta: “A Companhia Paulista de Estradas de Ferro é o mais alto padrão de capacidade técnica, administrativa e financeira do Brasil”.
A Ferrovia em Pederneiras
A Estação: Com a conclusão das plataformas e a cobertura em estruturas de ferro, a Estação de Pederneiras tinha uma pequena construção do lado superior externo dos trilhos, forçando os usuários a atravessá-los a fim de adquirirem as passagens. Os alicerces do edifício, muros e muretas foram assentados com rochas basálticas talhadas a mão, parte delas sendo notadas até hoje. Trabalho realizado por Marcial Pinal e seu filho Jerônimo Pinal, imigrantes espanhóis profissionais no ramo que aqui chegaram no início do século XX.. Na construção das paredes, foram fixados trilhos internos de reforço, fato que podemos constatar que passados cem anos, não se nota uma mínima rachadura em sua estrutura. O edifício concluído foi inaugurado em 1º de Outubro de 1913 sob a chefia de Benedicto Machado. Ainda citando Mario Pinto Serva: “Construção moderna e uma das mais elegantes da Companhia”. Havia também o “virador”, mecanismo no início manual, depois eletrificado, que “virava” as locomotivas a vapor para o lado oposto, para assim seguir ao seu ponto de partida, ou seja, a capital do Estado. Peça importante era o reservatório construido na plataforma, que fornecia água tanto para as locomotivas a vapor quanto para os reservatórios dos restaurantes e carros de passageiros. A estação atraia os passageiros que por aqui passavam, assim como visitantes curiosos em conhecê-la com seus azulejos - uma novidade na época – conhecidos como “ouro preto”, de origem alemã. Os pisos hidráulicos do hall de entrada, sala de encomendas e do bar eram provenientes da Casa Helvetia de São Paulo. Do início do século até por volta de 1955 a estação contava com seis telégrafos, todos em atividade com dois tipos de máquinas receptores, Morse e Spagnoletti. O código era o Morse. Com esse meio de comunicação, a cidade era ligada com o estado, com a capital, com o Brasil desenvolvido de então. Juntamente com a ferrovia, o telégrafo tirava Pederneiras do isolamento, assim, se abrindo para o mundo. Com a chegada da eletrificação, notou-se que a cobertura da armação de ferro das plataformas era baixa para a instalação dos condutores e altura insuficiente para o pantógrafo das locomotivas elétricas. Após estudos realizados pelos engenheiros, decidiram elevar toda a estrutura em um metro e meio. Com a ajuda de macacos manuais, foram serrados os pés direitos de sustentação, primeiramente do lado externo e erguidos até a altura desejada e em seguida colocada nova base, presa com porcas e parafusos. O mesmo foi realizado junto ao prédio. Anexo à Estação, foram construídas a residência do Chefe da Estação e o armazém com ramal ferroviário de cargas e deposito de mercadorias que chegavam ou a despachar. Ali se estocava o café produzido no município, o qual era grande produtor, que seria depois embarcado para exportação no porto de Santos. Entre telegrafistas, manobradores, ajuntadores, foguistas, maquinistas, limpadores e lavadores de locomotivas, chefe e auxiliares, a Companhia Paulista em Pederneiras mantinha cerca de 1.500 ferroviários.
A Bitola Larga
Com a eletrificação, chegou também a bitola larga, (via férrea de 1,60 mts.) fazendo de Pederneiras um entroncamento com baldeação, onde os passageiros desembarcavam a fim de embarcarem nos trens de bitola estreita que seguiam para o interior e vice versa, de bitola larga em direção a São Paulo. Considerada na época uma das mais valiosas conquistas de Pederneiras depois da Instalação da Comarca. No dia 15 de novembro de 1941, grandes comemorações marcaram a inauguração da extensão da bitola larga até Pederneiras. Presidido pelo M. Juiz Dr. Augusto Galvão Vaz Cerquinho, os representantes da alta direção da Companhia Paulista Srs. José Carlos de Macedo Soares e Luiz Tavares Pereira, o Secretário da Viação e Obras Públicas Anhaia Melo, engenheiros e comitiva, foram recepcionados na Câmara Municipal pelo Prefeito Dr. Joaquim Cortegoso, Pe. José Montezuma, Dr. Antonio De Conti, Antonio Ruiz Romero, José Razuk, Elias Curi, Manoel Uso Ripoles, Camilo Razuk, José Antonio Garcia, José Augusto de Carvalho, Pedro Jacinto, Sad Razuk, Mario Garrone, Isaac Sirota, Vicente Gonçalves, Dr. Osny Fleury Silveira, Fausto Furlani, Augusto Viccário, Dr. Raul David Pimentel, Francisco Neubern Penteado, Sebastião Xavier, Antonio Barbosa Sansão, representando o jornal “O Comércio de Pederneiras”, demais autoridades e participação da população. Receberam homenagens dos alunos do Ginásio D. Luiz, Grupo Escolar Eliazar Braga, Escola Paroquial Coração de Jesus, Escola Normal Livre e Ginásio Municipal de Agudos, esportistas da Associação Atlética Pederneiras e do Cruzeiro Cestobol Clube. Autoridades das cidades vizinhas marcaram presença, entre eles, Dr. José Teixeira Pombo, M. Juiz de Direito de Agudos, Pe. João Batista de Aquino, Dr. Alfredo de Lima Camargo, M. Juiz de Direito de Jaú, Luiz Calvini, prefeito de Barra Bonita, Artur Salgado, prefeito de Iacanga, além de representantes de Bocaiúva (Macatuba), Soturna (Arealva), Água Limpa (Santelmo) e Guainás. Abrilhantou as festividades as Bandas Municipal de Pederneiras e de Soturna e do 4º. B.C. de Bauru. A comitiva e convidados foram recebidos por Fausto Furlani e D. Virginia no Castelo Furlani para o almoço. À tarde, houve uma partida de futebol entre a Associação Atlética Pederneiras e o Luzitana Futebol Clube de Bauru, a noite foi realizado grande baile no Clube Recreativo Comercial com a animação do Jazz Bandeirante, grupo musical com a participação de Provido Tozato, Ângelo de Camilo, Alcides Valineti, Raul Meneses, Antonio Paine, José Facciolo e Américo De Marco. Os eventos foram registrados pela câmera cinematográfica de Artemio Mordacchini. A partir dessa data, a Companhia Paulista passou a ter dez trens de passageiros para Tupã e dez para São Paulo, além da composição entre Pederneiras e Agudos, totalizando 21 horários diários.
Editorial de “O Comércio de Pederneiras"
15 de Novembro de 1941 – Redator: Dr. Osny Fleury Silveira.
“A QUEM HONRA, HONRA” Esta edição é uma singela homenagem a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, intemerata batalhadora pelos mais altos ideais de brasilidade, exemplo de pujança econômica e moral, modelo de organização e de capacidade de trabalho, alvo da admiração de todos os brasileiros e legitimo orgulho dos habitantes do Estado de São Paulo. Pederneiras, que já tanto lhe deve, se enche hoje de intimo regozijo, porque, no concerto das grandes cidades brasileiras, pode apresentar, como titulo digno de emulação, o fato de ser o ponto de intersecção de duas grandes zonas do Estado, o liame singular das duas bitolas da mais perfeita ferrovia da América do Sul. Brasileiros e paulistas, amando acima de tudo a nossa grande Pátria, desejamos deixar bem claro desde já que nem a mais leve sombra de regionalismo se inclue entre as razões do nosso júbilo, tanto assim que da parte dos pederneirenses jamais se erguerá uma só voz para combater o prolongamento da bitola larga, se tal for julgado necessário para a consecução dos altos objetivos de progresso do Estado e do Brasil. Em quaisquer circunstancias e sejam quais forem os tempos, Pederneiras vibrará, com os seus irmãos de todo o Estado, todas as vezes que se colocar em relevo a importância de empreendimentos como o que hoje nos enche de tanta alegria.
Fepasa
Em 28 de outubro de 1971 foi criada a estatal FEPASA (Ferrovia Paulista Sociedade Anônima). Apesar de ser uma “S.A”, na realidade a empresa tinha o controle acionário do Estado de São Paulo. Era formada por cinco ferrovias: a Companhia Paulista de Estradas de Ferro; (que servia Pederneiras) a Estrada de Ferro Sorocabana; a Companhia Mogiana de Estrada de Ferro; a Estrada de Ferro São Paulo-Minas e a Estrada de Ferro Araraquarense. No começo da década de 1970 o Estado até tentou solucionar alguns dos problemas das ferrovias. As empresas passaram a ter uma só administração o que foi muito bom, a sinuosidade de trechos acabou, pois foi modificado o traçado de boa parte da ferrovia, novas máquinas foram compradas e vagões reformados. Todavia a Fepasa era uma estatal e não conseguiu ser diferente das demais! Ela era ineficiente e no meio de sua ineficiência mais destruiu que consertou. Sua ineficiência era tamanha que nem o governo paulista a quis. Na época das empresas privadas os trens dificilmente atrasavam. (Vide histórico da Cia. Paulista) Algumas empresas ferroviárias privadas descontavam no pagamento dos salários dos maquinistas, chefes de trem e foguistas pelo atraso e isto era um bom motivo para fazer o trem andar exatamente no horário! Paulatinamente os trens de passageiros foram acabando, pois eram deficitários pela falta de investimentos no material rodante e nas próprias linhas. A Fepasa foi incorporada à Rede Ferroviária Federal AS através do Decreto nº. 2.502, d 18 de fevereiro de 1998 e privatizada no dia 10 de novembro do mesmo ano pelo consórcio Ferrovias, integrado por dez empresas e liderado pela Ferropasa (holding da Ferronorte e da Novoeste) e pela Companhia Vale do Rio Doce. A partir de 1º de janeiro de 1999 a malha passou a ser administrada pela FERROBAN Ferrovias Bandeirantes S/A, empresa criada pelo Consórcio que cuidava dos 4.236 km de linhas férreas que por sua vez, teve seu controle indireto assumido pela América Latina Logística, em vista da operação de incorporação de ações da holding Brasil Ferrovias à ALL.
América Latina Logística
A América Latina Logística (ALL) é uma empresa brasileira do setor de logística ferroviária. Fundada em 1997, como Ferrovia Sul-Atlântico, em 1999 passa a se chamar América Latina Logística – ALL com sede em Curitiba, Paraná. Seu slogan é “A Gente nunca pára”. Transporta variados segmentos como commodities agrícolas, insumos e fertilizantes, combustíveis, construção civil, florestal, siderúrgico, higiene e limpeza, eletroeletrônicos, automotivo e autopeças, embalagens, químico, petroquímico e bebidas. São mais de 70 unidades de serviço localizadas nas principais cidades do Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, além de centros de distribuição e 200 mil metros quadrados de áreas de armazenamento. A ALL administra uma malha férrea de 20.495 quilômetros de extensão, cobrindo São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e a região central da Argentina. A Companhia cruza as fronteiras do Paraguai e Uruguai e serve o Chile por rodovia a partir da base logística intermodal de Mendoza, na Argentina. Sete dos mais importantes portos do Brasil e Argentina são atendidos pela ALL. Fonte: http://www.all-logistica.com/
MRS Logística
A MRS Logística é uma concessionária que controla, opera e monitora a Malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal. A empresa atua no mercado de transporte ferroviário desde 1996, quando foi constituída, interligando os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. São 1.674 km de malha – trilhos que facilitam o processo de transporte e distribuição de cargas numa região que concentra aproximadamente 65% do produto interno bruto do Brasil e estão instalados os maiores complexos industriais do país. Pela malha da MRS também é possível alcançar os portos de Sepetiba e de Santos (o mais importante da América Latina). O foco das atividades da MRS está no transporte ferroviário de cargas gerais, como minérios, produtos siderúrgicos acabados, cimento, bauxita, produtos agrícolas, coque verde e contêineres; e na logística integrada, que implica planejamento, multimodalidade e transit time definido. Ou seja, uma operação de logística completa. Para desenvolver suas atividades com eficácia, a MRS trabalha com equipamentos modernos de GPS (localização via satélite com posicionamento de trens em tempo real), sinalização defensiva, detecção de problemas nas vias com apoio de raios-X e ultrassom para detectar fraturas ou fissuras nos trilhos. Criada com metas bem definidas sobre preservação do meio ambiente, a MRS implementa várias programas de cunho ambiental: recuperação de áreas degradadas com emprego de revestimentos vegetais, gerenciamento de resíduos e adoção de medidas preventivas para eliminação de processos poluidores são alguns exemplos. A empresa implanta uma série de medidas sobre procedimentos operacionais, capacitação de recursos humanos, conscientização e emprego de tecnologias, para garantir o transporte eficiente seguro não só de suas cargas, mas também de seus funcionários. O objetivo da MRS para os próximos anos é alcançar o topo da eficiência operacional. Diferenciais competitivos, reestruturação de processos existentes para conquista de novos clientes, investindo em pessoal e ampliação da participação no mercado de carga geral estão em pauta para fazer da MRS a melhor operadora logística ferroviária do país.
Fonte: http:://www.transportes.gov.br/bit/ferro/mrs
MRS bate recorde na rota Pederneiras – Santos
O mês de julho (2008) teve resultados significativos no que diz respeito ao aumento do volume de transporte de commodities agrícolas na rota Pederneiras-Santos. A MRS bateu mais um recorde, chegando à marca de 186.140 toneladas transportadas nesta rota, no acumulado de soja, farelo de soja, milho e açúcar. Nos primeiros sete meses deste ano, a Empresa já registra um crescimento da ordem de 30,4% nesta rota, tendo sido transportado 851 mil toneladas. “Este resultado fica ainda mais expressivo quando comparamos o volume realizado em julho de 2007, que foi de 97.977 toneladas. Temos aqui um aumento de 88.162 t, que equivale a um crescimento de 90% de um ano para o outro”, diz o Gerente de contas Comerciais, Claudenildo Chaves. Este aumento de volume demandou investimentos por parte deles como a reestruturação, pela Cosan, do Terminal Ayroza Galvão, para o transporte de açúcar e a construção de mais um silo pela Caramuru no seu terminal em Pederneiras. Também foram decisivos para este aumento de volume a modificação do trem-tipo operado por nós nesta rota, que fez crescer a quantidade de vagões por trem de 55 para 70 vagões, a partir de um projeto desenvolvido pela área de Engenharia da MRS, os investimentos realizados pela MRS em ativos e principalmente o empenho de todos envolvidos direta ou indiretamente neste transporte na MRS. Na rota do fluxo de grãos de Pederneiras a Santos, a carga, originada nos estados de Goiás e Mato Grosso, sai de São Simão, em Goiás, onde segue pela hidrovia Tietê-Paraná até a cidade de Pederneiras, São Paulo. Nesta, acontece o transbordo para os trens da MRS, que seguem para o porto de Santos. O açúcar produzido pelas usinas da Cosan localizadas em Jaú e Dois Córregos, em São Paulo, é embarcado nos trens da MRS no terminal TAG – Terminal Ayroza Galvão – em Jaú, e segue juntamente com os grãos para o porto de Santos.
Condensado do “Jornal MRS Logística S.A.”-Boletim Informativo da MRS Logística S.A. - nº 82-Julho/Agosto de 2008 – Jornalista responsável: Rodrigo Barbosa.
Estação de Pederneiras é restaurada e transformada em Centro Cultural
A antiga estação ferroviária – construída pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e que serviu à Fepasa e Ferroban e atualmente é trajeto da América Latina Logística – foi restaurada para receber o Centro Cultural do município, uma área destinada ao desenvolvimento e conservação da cultura, dos valores e da história de Pederneiras. O local recebeu o nome de “Izavan Ribeiro Macário”. O hall de entrada fica a Galeria de Exposições “Prof. Wilson Ruiz Fernandes” onde haverá periodicamente exposições diversas com artistas da cidade e região. Parte das dependências abrigará uma biblioteca de arte, com obras relacionadas prioritariamente a cinema, música, teatro, artesanato, artes plásticas, pintura e fotografia, tendo também a Galeria de Prefeitos e painéis com a história cronológica do município com gravuras e fotos de época. A antiga sala de espera e seu piso inferior recebeu as sedes da Divisão de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal, do Projeto “Andar e Voar” e do Projeto Baú de Memórias, em parceria com a Faculdade FGP e Conselho Municipal de Cultura no desenvolvimento de atividades de resgate histórico. Parte do setor inferior ainda abriga uma rede de computadores conectada para contar, através de um meio moderno, a história do município e também o acesso as melhores bibliotecas e museus virtuais do mundo através da Internet, a disposição de estudantes para pesquisas escolares, incluindo-os na era digital. Todos os detalhes dos mais de dois mil metros quadrados da antiga estação foram levados em conta no momento da elaboração do Projeto do Centro Cultural Izavan Ribeiro Macário. “Queríamos restaurar a estação e com ela a história da cidade. Por isso, nos preocupamos em resgatar cada detalhe de cada canto da estação. Tudo, desde os pisos até as sancas do teto foram restaurados”, explica o Diretor de Divisão de Cultura e Turismo Jaime Assêncio. Já no hall de entrada se percebe a riqueza de detalhes que proporcionou o renascimento da antiga estação. O piso e os azulejos receberam tratamento especial para ganhar vida. Um lustre passou a dar cor e luz à chegada dos novos visitantes. Para tanto, basta entrar no Centro Cultural para sentir uma nova magia com a áurea de décadas atrás. O Bar Paulista,*antigo local onde os viajantes esperavam a chegada dos trens, também foi restaurado e será reativado, estando à disposição dos usuários do Centro Cultural. A plataforma hidráulica de embarque e o teto foram recuperados. As portas em madeira nobre e antiga foram trabalhadas à mão, à maneira que os registros antigos constavam. As antigas vigas de madeira praticamente seculares, que sustem o assoalho foram mantidas, trabalhadas e envernizadas, dando aos visitantes um espetáculo à parte pela sua idade e resistência.O prédio pertence a União e a Prefeitura Municipal tem a concessão de uso. A reforma foi realizada através de uma parceria dos governos federal e municipal. Aquela que foi o motivo do desenvolvimento da cidade no passado, hoje restaura e mantém sua história com orgulho e dignidade.
*Leia texto em Curiosidades - Veja Imagens no Álbum de Fotos.
Hidrovia: Consulte site da Prefeitura Municipal em "Tietê Paraná".
Fonte de dados: “A Notícia” – Ed. nº. 2173- 4/7/2008-Jornalista Responsável Durval Assis Neves.- Com exclusões e adendos de Rinaldo T. Razuk.
Fonte: Fausto Furlani – Memórias / Edson Castro – A Estação de Pederneiras -2005- www.estaçõesferroviarias.com.br - Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht -João Baptista Soares de Faria Lago.
Mario Pinto Serva – Esboço Histórico da Cia. Paulista de Estradas de Ferro-1918.
Jair Arismar Brumati e Cleide Della Coleta Borin-O Centenário-Maio de 1991
Antonio Meiado – Antonio Zebini e Waldomiro Retti = Ex-ferroviários entrevistados
Flávio Azevedo Marques de Saes – As Ferrovias de São Paulo 1870-1940- Ed.Hucitec-Inst. Nac.do Livro-MEC-São Paulo-1981. - Pág. 73.
Colaboração: Braz Miguel Lopes.
Pesquisa : Rinaldo Toufik Razuk
Coordenação Projeto Baú de Memórias: Anna Carolina Burghes da Fonseca - Departamento de Cultura e Turismo. Centro Cultural “Izavam Ribeiro Macario” – Pederneiras –São Paulo. Antiga Estação da C.P.E.F.