Biblioteca Pública
O primeiro registro de criação de uma biblioteca pública em Pederneiras foi pelo decreto lei nº.288, de 1941.
Em 7 de agosto de 1942, o Departamento das Municipalidades enviou ao prefeito uma circular onde incluía uma minuta de projeto de decreto-lei dispondo sobre a criação de uma comissão municipal para a constituição de uma biblioteca. Recomendava que se promovessem estudos no sentido de verificar a possibilidade de serem criados museus e discotecas – esses últimos, econômicos, mineralógicos, etnográficos ou históricos - onde se conservem documentos de qualquer natureza e relacionados com a história local e suas personalidades eminentes.
Assim, a criação de uma biblioteca em Pederneiras teve início com um ofício enviado, em 30 de março de 1943, ao Departamento das Municipalidades do projeto de decreto lei, criando a Comissão Municipal de Biblioteca.
Na cidade já havia duas bibliotecas, sendo que uma delas localizava-se no Ginásio e Academia de Comércio Anchieta, e outra no Clube Recreativo Comercial, cujos livros eram doados por autoridades e pelo povo. Na sua fundação em setembro de 1939, realizou-se o Baile do Livro, tendo como ingresso a doação de livros.
Em 12 de maio de 1944 foi assinado pelo prefeito Dr. Osny Fleury Silveira o decreto-lei nº. 325, usando da atribuição que lhe conferia o artigo 12, nº. 1 do decreto-lei federal nº.1202, de 8 de abril de 1939, criando a Comissão Municipal de Biblioteca. Aprovado pelo conselho administrativo do estado de São Paulo, pela Resolução 690 em 29 de Abril de 1944 e assinada pelo seu presidente, Goffredo T. da Silva Telles.
A organização de uma Biblioteca Pública Municipal em Pederneiras teve início na gestão do prefeito Gastão do Amaral Carvalho em 1945, com a colaboração do Rotary Clube, do seu presidente Antonio De Conti, e do professor Antonio Serralvo Sobrinho, presidente eleito do Rotary naquele ano, conseguindo assim uma valiosa soma de volumes do Rotary Clube de Jaú e de Bauru.
Nos dias 23 e 26 de julho de 1945, foi fundado o Centro Cultural de Pederneiras e Biblioteca Pública. A diretoria ficou constituída como presidente Prof. Antonio de Barros (diretor do Grupo Escolar Eliazar Braga), como vice-presidentes Francisco Fernandes Mota Filho e Antonio Ruiz Fernandes, como secretários Geraldo Alves e Dr. Manoel Uso Filho, como tesoureiros Álvaro Ghiraldeli e Dr. Eugênio De Conti, pelos oradores Dr. Sahid Miguel Maluf e Dr. Antonio De Conti, como diretor de patrimônio José Corcioli, e como conselheiros fiscais Pe. José Montezuma, Prof. Antonio Larizzati, Dario Patriani, Prof. Theodulo de Oliveira Lara e Prof. Francisco Ruiz Fernandes.
No dia 7 de setembro de 1951, foi inaugurado pelo prefeito Dr. Antonio De Conti, o Centro Cultural de Pederneiras e Biblioteca Pública.
O presidente, prof. Antonio de Barros, representou o Rotary Clube. Pedro Paulo Lagreca Neto, o judiciário. Dr. José Miranda Leite, juiz substituto da comarca também estava presente. Discursou, em nome dos sócios, Massud José Nachef. As festividades prosseguiram à noite com uma programação elaborada pelo Centro Cultural, em homenagem ao Dia da Pátria, no salão nobre do Ginásio Anchieta. Discursou nesta ocasião o Dr. Jaime Cestari e também houve a participação, através de declamações, dos alunos do Ginásio. Com a transferência, mudança dos participantes, afastamento de outros integrantes por motivos particulares, foi encerrada as suas atividades.
Finalmente, em 21 de agosto de 1957, a Câmara Municipal decretou, e o prefeito Michel Neme promulgou a lei nº. 497, criando a Biblioteca Municipal de Pederneiras. O decreto nº. 189, de 11 de setembro de 1957, dispunha sobre o funcionamento da Biblioteca Municipal. Organizada e dirigida por Rui Gutierres, professor de português e latim do Ginásio Anchieta, a biblioteca foi instalada em 22 de agosto de 1958 e contava com 1.400 volumes.
Estando a biblioteca funcionando em local locado, o prefeito Michel Neme cedeu uma das salas do andar superior da Prefeitura Municipal, onde passou a atender ao público. Foi designada para a sua administração a funcionária Maria Volponi da Silva (D.Cotinha). A partir de 1968, a administração ficou a cargo de Nehia Razuk.
Após várias mudanças de local e quase sendo desativada, em 11 de dezembro de 1981 foi inaugurada, pelo prefeito Waldomiro Fernandes Mateus, a biblioteca. O prédio localizava-se na rua Santos Dumont, junto ao Parque Infantil Municipal e recebeu o nome de Biblioteca Pública Municipal “Paula Rached”. Estavam presentes a família da homenageada, seus pais Emílio Rached e Mona Razuk Rached, sua irmã Elizabeth Rached Afonso. Participaram também Amilton Neme, presidente da Câmara Municipal, e Eduardo Monteiro da Silva, diretor do Departamento de Atividades Culturais. Assumiu a administração até o ano de 1982, a funcionária Denise Ferraz Aguiar, e a partir de 19 de julho de 1983 até 13 de fevereiro de 1984, Rita de Cássia Trombeta.
No primeiro mandato do prefeito Giácomo Metódio Bertolini (1983-1988), a biblioteca foi transferida para o salão nobre do edifício da Prefeitura Municipal. Em 1985 assumiu a bibliotecária Ana Valéria Novelli, que reorganizou totalmente as estruturas da biblioteca, reabrindo-a em 1986 e permanecendo no cargo até 1988.
Em 1992 e 1993, a bibliotecária responsável foi Márcia Pillon. Com a abertura do novo Centro Cultural em 1994, no edifício da Fundação Pederneiras de Ensino localizado na travessa Anchieta, foi instalada a Biblioteca Municipal, anexo ao Departamento de Educação e Cultura e Divisão de Esportes. Nesse local a biblioteca passou a ter novas opções, tais como videoteca, auditório com o Teatro Municipal e o Cine Clube Sétima Arte.
Em 1995 passa a ser administrada pela bibliotecária Adriana Menezes de Camargo.
No ano de 1998, a biblioteca foi transferida para o salão paroquial da Igreja Matriz de São Sebastião, permanecendo assim até 2001, quando se mudou para o edifício do Instituto Coração de Jesus. Já em 2007, foi transferida para a rua Benjamim Monteiro, juntamente com o Departamento de Educação.
Em junho de 2008, com a inauguração do Centro Cultural “Izavam Ribeiro Macario na antiga Estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, uma divisão da biblioteca pública foi adicionada ao local, com um acervo específico de arte, ou seja, pintura, escultura, desenho, dança, cinema, teatro, fotografia e também artesanato, moda, decoração e arquitetura.
Pesquisa: Rinaldo T. Razuk