LEONTINA BURGO CHACON Nascimento: 28/03/1930 – Bairro dos Macacos – Pederneiras Residiu em Pederneiras, Piracicaba e Bauru Profissão: professora de magistério e diretora de escola aposentada (33 anos de trabalho na educação) Pais: Antonio Burgo e Júlia de Carvalho Burgo Filhos: Leontina Burgo Chacon, Orlando Burgo, Oswaldo Burgo, Waldemar Burgo e Elenice Burgo Lins Infância Origem pobre; viveu na zona rural; por ser filha primogênita, ajudava a cuidar dos outros 4 irmãos; teve uma infância feliz; brincavam muito; os avós maternos moravam em uma fazenda vizinha de seu sítio; morou na zona rural até os 7 anos; iniciou o curso primário no Instituto Coração de Jesus (Escola Paroquial Coração de Jesus); o avô materno (vereador Manoel Seco de Carvalho) promoveu seu pai, dando a ele um emprego no armazém de secos e molhados (venda Bairro dos Macacos); depois seu pai mudou-se com sua família para a cidade como comerciante (armazém que pertenceu ao Joaquim Gomes (vila Paulista, em frente a escola Neusa Cestari – armazém de secos e molhados); vinha à pé para a escola (da vila Paulista ao colégio das irmãs) e a rua não tinha calçamento; teve como professoras na escola primária a Irmã Afonsina (1o. ano), Irmã Carmelita (2o. ano), Irmã Angélica (3o. ano) e Irmã Cristina (4o. ano); foi colega de classe do Pe. Viana; depois seu pai teve comércio onde é hoje o supermercado Bagarelli; depois onde foi o açougue Fribotari (+ ou -); depois voltaram a morar na zona rural, onde é hoje o sítio do Bortoloti (depois do cemitério); quando voltava da escola com seus dois irmãos, as vezes, cruzavam com os bois sendo levados ou amarrados, ou soltos, para o matadouro – tinham que subir no barranco para os bois passarem; toda 1a. sexta do mês, o Pe. Montezuma celebrava uma missa às 6h e toda sua família desse sítio para a cidade; quando terminou o 4o. ano, ficou um ano semi-interna no Colégio das Irmãs e nesse tempo estudou para passar na prova de admissão, para poder cursar o curso ginasial; sempre foi muito estudiosa, gostava de estudar. Adolescência Gostava muito de teatro; Elias Simão (irmão de Arnaldo, sala do cinema) era quem cuidava da parte teatral e os ensaios, muitas vezes, aconteciam em sua casa, com o consentimento de seus pais; aconteceu a segunda grande guerra e começou a faltar farinha de trigo e as entidades começaram a mudar de nomes (aliados do EUA); seu pai comprou uma loja de sapatos (hoje calçados Momesso); seus pais esperaram seus irmãos terminarem o ginasial e o magistério e mudaram-se para Bauru; em Bauru fundaram a Casa Burgo (calçados), que hoje mantém o nome da família, mas já não pertence a mesma; quando era moça, gostava de freqüentar o jardim (praça da matriz – Pederneiras), e além de ficar paquerando (fazendo futing), lembrou-se que no auto-falante do jardim tinha um programa de calouros, recital de poesias; gostava também de ir ao cinema; cursou o ginasial no Colégio D. Luiz (particular); começou a namorar aos 15 anos, mas conhecia seu Euclides desde criança, pois sempre foram vizinhos; namorou durante 6 anos e se casou quando terminou o curso normal; seu Euclides sempre trabalhou na coletoria federal (depois de aposentado é que assumiu os negócios da família – Chacon Materiais de Construção). Vida profissional Cursou o curso normal em Piracicaba (ficou na casa de sua madrinha em troca de ajuda nos afazeres domésticos) por dois anos na Escola Normal Sud Minucci (até 1949) e 1950 terminou seu curso em Bauru; casou-se na cidade de Bauru (Igreja Santa Terezinha do Menino Jesus) em 1951 voltou para Pederneiras e assumiu a vaga de professora na Escola Mista da Fazenda Fantin (1951 e 1952) – próximo a Figueira) e foi removida para a escola Eliazar Braga, onde ficou de 1953 à 1956, quando então ocorreu o desmembramento de 10 salas de aula do Eliazar para o prédio onde é hoje o Aguinaldinho, tendo essa escola a denominação de 2o. Grupo Escolar de Pederneiras; depois da construção do prédio pelo Michel Neme, essa escola se mudou para onde é hoje o Neusa Cestari (denominação essa recebida somente depois da morte da mesma, que era diretora da escola); por não existir faculdade de pedagogia próxima a Pederneiras, fez o curso em etapas, nas cidades de Botucatu, Tupã e São Paulo; como diretora, assumiu sua primeira cadeira em Junqueirópolis (1981), depois Itajú, Neusa Cestari, João Chammas, vindo a aposentar-se na escola Maria José Cestari de Conti, no Distrito de Vanglória (1985). Família Esposo – Euclides Chacon (56 anos de matrimônio – 15/04/1951) Filhos: 1o. – Sérgio Chacon (1953) – é jornalista em Brasília 2a. – Lígia Chacon (1959) – é dentista, reside em Campinas e é casada com João Meiado 3o. – Rubens Chacon (1964) – veterinário, faleceu em 1992 em um acidente de carro Vida religiosa Quando criança era catequista; em 1960 começou a participar do grupo de casais das equipes de Nossa Senhora; em 1970, passou a ser coordenadora, junto com seu Euclides, do curso de noivos (por 26 anos – hoje só fazem palestra sobre sexualidade espiritual e psicológica durante os cursos); quando se aposentou, assumiu a coordenação do ensino religioso nas escolas (1985 à 1991); em 1991 assumiu a coordenação do FAC; quando menina fazia parte da cruzada eucarística (dedicação a evangelizar outras crianças); foi também aspirante a pia união das filhas de Maria (roupa braça e faixa azul na cintura e fita azul no pescoço com medalha) e rezava muito; depois de casada, deixou de ser filha de Maria (pois perdeu a virgindade) e passou a fazer parte do Apostolado da Oração (coração de Jesus); assim ficou até a criação das equipes de Nossa Senhora por decisão do Concílio Vaticano II; faz parte do FAC até os dias atuais; Dona Negrinha foi uma das fundadoras do FAC, junto ao Pe. Montezuma; o primeiro local onde funcionou é onde se encontra atualmente a sede da vara do Ministério do Trabalho (havia ali a Vila Vicentina); conheceu D. Negrinha quando ela morava no fundo da casa do Euclides. Dona Leontina segue em sua vida uma frase que leu no livro “O Pequeno Príncipe”: “Florir onde estiver plantado”