A Imigração Portuguesa
Após o descobrimento do Brasil, os portugueses aportavam como colonizadores. Mas a partir de 1850 o país recebeu o maior número de imigrantes vindos da Europa, oriundos de Portugal.
Se no início, o destino era a lavoura, principalmente do café, grande parte se estabeleceu no Rio de Janeiro e São Paulo, se dedicando ao comércio de secos e molhados e padarias.
Os Portugueses em Pederneiras
Pederneiras recebeu imigrantes vindos diretos de Portugal e vários outros descendentes que formando família em outras localidades do estado e do Brasil, se dividiram, aqui se estabelecendo.
Antonio de Arantes Marques e seu irmão João de Arantes Marques, naturais de Braga, vieram para o Brasil ainda no século XVIII, radicando-se em Aiuruoca, Minas Gerais.
Descendente de Antonio de Arantes Marques, Joaquim Thomaz de Arantes casou-se em 1867 em Baependi, Minas Gerais, com Gabriela Cândida Pereira com quem teve oito filhos. Com o falecimento de seu marido, vendeu a propriedade em Minas mudando-se para Pederneiras onde adquiriu a Fazenda Sobrado, administrada pelo seu filho primogênito José Vicente Arantes.
José Vicente Arantes casou-se com Edorgina Albertina Figueiredo e em segundas núpcias com Afonsina Amélia Figueiredo.
José Vicente Arantes foi vereador de 1920 a 1932, presidente da Câmara de 1926 a 1930 e prefeito municipal em 1921/22 e 1924/25.
(Fonte: Arantes, Arnaldo/Arantes Pereira, Américo. - A Família Arantes-2ª Edição-Ed. Legis Summa Ltda. - Ribeirão Preto (SP)-1993-Págs. 26/27.
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Antonio de Freitas Pereira Filho, natural da Ilha da Madeira, chegou ao Brasil em 1890, seguindo para Bica de Pedra (atual Itapuí) onde se dedicou à lavoura.
Em 1927 mudou-se para Pederneiras onde a família adquiriu terras em Água Limpa (Santelmo) e no Ribeirão Bonito onde plantaram cento e vinte mil pés de café.
Antonio casou-se com Suzana Cardoso Sebastião, também portuguesa e tiveram oito filhos: Maria, Joaquim, Luis, Antonio, Aparecida, Damião, José e Ana de Freitas Pereira.
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Antonio Pereira dos Santos chegou em 1902 em Lençóis, depois Macatuba e em 1927 fixou-se em Pederneiras adquirindo a Fazenda Barra dos Patos, vendendo-a em 1936 para José Razuk.
Casou-se com Henriqueta Pereira de Freitas e tiveram dez filhos: Olga, Adalgiza, Deolinda, Lídia, Celina, Nilda, Alcides, Francisco, Nereu e Antonio Pereira dos Santos.
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Domingos Antônio Pereira, da Freguesia de São Salvador do Monte Córdova, Porto, que chegou ao Brasil entre 1720 e 1740, fixando-se na região do antigo Ribeiro Fundo de Nossa Senhora de Nazareth, Minas Gerais, foi o pioneiro do tronco Pereira. Seu descendente Antônio Florêncio Pereira, nascido em Baependi-MG, casado com Jesuína dos Reis. Seus filhos partiram de Minas para Pederneiras seguidos pelo pai em 1890 onde iniciaram com a aquisição de 500 alqueires de matas e formando a Fazenda Lageado.
Seu filho Antônio Florêncio Pereira Junior participou ativamente da sociedade pederneirense, colaborando na criação da Comarca, da construção da antiga Igreja, da Santa Casa e do prédio da União Católica.
Seu maior empreendimento foi a Empresa Força e Luz Pederneiras Ltda. (Consulte em Desenvolvimento a página “Energia Elétrica”).
O antigo Estádio do Esporte Clube Comercial, hoje Ginásio de Esportes, leva o nome de “Antônio Florêncio Pereira”.
Seus irmãos também tiveram grande participação no desenvolvimento da cidade, Belmiro Pereira formou a Fazenda Recreio, Joaquim Florêncio foi um dos reorganizadores da Conferência de São Vicente de Paulo, Josino Florêncio dedicou-se às terras em que formou suas fazendas e foi co-fundador da Empresa Força e Luz.
(Fonte: A Família Pereira: Descendentes de Domingos Antonio Pereira – Estudo Genealógico – Américo Arantes Pereira – Ed. Legis Summa Ltda. – Ribeirão Preto – 1986)
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João Cardoso Felício, formou em Pederneiras fazendas de café, construiu inúmeras casas e como empreiteiro de obras, construiu o trecho ferroviário entre Pederneiras e Agudos.
Casou-se com Anna Romera Martins e teve sete filhos: João Cardoso Felício Filho, Anna, Maria, Rosa, Thereza, Nelson e Joaquim Cardoso Felício.
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Joaquim Hipólito Figueiredo deixou Portugal no final do século XIX se fixando em Boa Esperança, Minas Gerais. Casou-se com Maria das Dores Figueiredo, tendo sua filha Maria Madalena vindo para Pederneiras onde casou com Agenor Arantes de Figueiredo e tiveram seis filhos: Maria, Joaquim, Waldomiro, José Milton, Washington Vasco e Tereza Figueiredo.
O casal residiu na Fazenda Queixada, mudando-se para a cidade em 1937. De tradicional família católica, colaborava em todas as festas da Igreja.
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Joaquim Antonio Esteves chegou em fins do século XIX. Casou-se com Appolinaria Antonia Franco e tiveram três filhos: Tertuliano, Maria e Zacarias.
Joaquim Antonio Esteves foi vereador em 1897 e 1898. Seu filho Zacarias Antonio Esteves foi serventuário de Justiça, provedor da Santa Casa, colaborou na construção da Igreja Matriz de São Sebastião e de fervorosa fé cristã participou de todas as iniciativas da Igreja.
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Francisco da Silva Faria chegou ao Brasil no início do século XX seguindo para São José dos Campos. Um de seus três filhos, José da Silva Faria, profissional pirotécnico, se estabeleceu em Pederneiras em 1918 com uma fábrica de fogos de artifício, mantendo-a até a década de 40 e daí com comércio de fogos.
Católico, participou da Irmandade do Santíssimo Sacramento. Casou-se com Maria Tereza Romeu, conhecida como D. Emilia e tiveram dez filhos: Iolanda, Irene, Amélia, Olga, Olímpia, Laurentina (Laura), Maria José, Francisco e Terezinha da Silva Faria.
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José de Brito Martins, do Minho, em Viana do Castelo, chegou em Recife em 1878 seguindo para o Rio de Janeiro onde exerceu a profissão de pedreiro até 1884, construido o depósito de água do Rio a pedido de D. Pedro II.
Em 1885 seguiu para Jaú onde foi construtor passando a administrador de fazenda. Mudou-se para Água Limpa (Santelmo) onde adquiriu terras tornando-se fazendeiro e colaborando por muitos anos com a Igreja, escolas e em todos os movimentos do Distrito.
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Manoel Coque, de Lisboa, veio para o Brasil se fixando em Tatuí. Seu filho Augusto Coque mudou-se para Pederneiras em 1922 com sua esposa Maria de Mattos Coque adquirindo casa de comércio na Av. Tiradentes, esquina com a Rua Washington Luis (atual Rua 9 de Julho, onde hoje está o Banco do Brasil). Nesse local, juntamente com os filhos, permaneceu até 1963.
Augusto e Maria de Mattos Coque tiveram oito filhos: Amador, Heitor, Eurico, Gilberto, Minervina, Maria, Inês e Hermila Coque.
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Felisberto Duarte, de Lameira de São Pedro, chegou ao Brasil em 1920 seguindo para o Distrito de Guaianás onde trabalhou na lavoura. Após três anos trouxe a esposa Iria Cravinha da Cruz e seus três filhos: Maximino, Armênio e Alfredo. Armênio casou-se com Conceição Felipe. Maximino seguiu para São Paulo, retornando em 1939 assumindo o quadro de enfermeiros da Santa Casa. Foi funcionário da Cia. Paulista de Estradas de Ferro.
Católico, participou da Congregação Mariana. Casou-se com Joana Stabile e tiveram quatro filhos: José Antonio Cruz Duarte, Sacerdote, é Frei Franciscano da Ordem dos Frades Menores, José Luis, administrador do Hospital Geral da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, no Rio de Janeiro; Maria da Gloria e José Maria Cruz Duarte, comerciantes.
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José Gonçalves Dias chegou ao Brasil em fins do século XIX e se estabeleceu em Campinas. Casou-se com Escolástica de Oliveira e tiveram cinco filhos: José Gonçalves Dias Jr., Pedro Paulo, Armando, Antonio Ary e Geni de Oliveira Dias.
Mudaram-se para Pederneiras em 1900 e adquiriram a Fazenda Mirassol para cultura de café. Em 1911 adquiriu um prédio na Rua do Comércio (atual Rua 9 de Julho) onde instalou o primeiro cinema da cidade, o Cine Progredior.
Em 1922 transferiu-o para a Rua Municipal (atual Rua Siqueira Campos) com o nome de Cine Ideal, que com a morte do pai, assumiram o seu filho José Gonçalves Dias Jr. (Juca) e D. Escolástica. Nesse mesmo ano adquiriram o Central Cinema construido na Rua Belmiro Pereira pelos Srs. Carlos Ghiraldeli e Vicente Rodrigues.
Em 1934 assumiu a direção Pedro Paulo de Oliveira Dias que permaneceu até o seu falecimento em 1974.
José G. Dias Júnior, Armando e Antonio Ary tornaram-se comerciantes.
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Descendentes de portugueses, a família Franco, radicaram-se provavelmente em Minas Gerais, sendo que membros da família mudaram-se para Brotas onde nasceu Zacarias Antonio Franco, casado em primeira união com Joana do Espírito Santo e Silva, mudaram-se para a Fazenda Pederneiras em 1857, cujos filhos Felipe e Tertuliano, juntamente com o pai, foram proprietários de terras no Macuco, no Curtume e na região central sendo doadores, entre outros, de terrenos para a Igreja. (Consulte: História-Origem, Paróquia de São Sebastião).
Felipe Antonio Franco foi um dos primeiros intendentes na Instalação do Município em Sete de Julho de 1891.
(Consulte: Câmara Municipal – Relação de Vereadores).
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Pesquisas: Rinaldo T. Razuk - Dados fornecidos pelas famílias.
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Se alguma família for descendente de portugueses que se radicaram em Pederneiras cujo nome não está na relação acima, pedimos o favor de nos enviar dados (origem, nomes, datas e atividades), os quais serão adicionados.
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