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A equipe de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Pederneiras está intensificando o trabalho de visitação domiciliar visando identificar animais com Leishmaniose e ainda ampliar o trabalho de orientação da população sobre a posse responsável de animais de estimação. O levantamento teve início nos bairros com maior população de cães e gatos, como Michel Neme e Isabel Maldonado Dário.

Durante as visitas, a equipe de Controle de Zoonoses orienta a população sobre a prevenção. “Falamos sobre posse responsável de animais e de como combater a leishmaniose, que é uma zoonose. Estamos trabalhando muito a prevenção, para evitar casos da doença”, explica o médico veterinário da Secretaria de Meio Ambiente, Fabrício Prado, que supervisiona os trabalhos.

Além das ações educativas, está sendo feito um inquérito canino, onde são coletadas amostras de sangue em cães com suspeita de leishmaniose. O sangue é encaminhado para laboratório para realização de exames sorológicos que confirmem ou não a doença. “Quando visitamos um domicílio e identificamos visualmente que um animal apresenta sintomas da leishmaniose, nós coletamos uma amostra de sangue deste animal para confirmar ou não a doença”, explica Fabrício.

Vale destacar que, caso o resultado seja positivo, o dono do animal será orientado a conversar com o veterinário municipal. “Quando temos um caso identificado de leishmaniose canina, nós oferecemos o suporte para o dono tomar a decisão correta em relação ao animal doente. Em nenhum momento a prefeitura retira o animal do dono, isso é importante ressaltar. Queremos identificar e ajudar, mas a decisão sempre é do dono do animal”, finaliza Fabrício.

Até agora, desde o início do ano, a equipe de Zoonoses já realizou centenas de visitas domiciliares nos bairros Michel Neme e C.H. Isabel Maldonado Dário. No local, foram feitos 97 testes rápidos de leishmaniose e apenas 3 foram confirmados positivos pelo Instituto Adolfo Lutz.

O que é leshmaniose?

A leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania, que afeta principalmente os cães de estimação.

A transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha. O mosquito é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas. Vale destacar que a doença não é transmitida de um animal infectado a outro sadio, é o inseto que transmite a doença.

Os sintomas da leishmaniose em cães podem incluir emagrecimento, perda de pelos, fraqueza, feridas, gânglios inchados, crescimento exagerado das unhas, anemia, dentre outros. Nos órgãos internos, pode ocorrer o crescimento do fígado e demais alterações.

O diagnóstico preciso, no entanto, só pode ser feito através de exame de sangue, coletando uma amostra de 1 ml de sangue do animal.

Vale lembrar que a prevenção é a melhor maneira de evitar que seu animal tenha a doença. Nos cães, além da vacinação disponível em clínicas veterinárias particulares, outras medidas de controle devem ser tomadas, como combate ao inseto vetor da doença, inseticida no ambiente e a utilização de produtos repelentes no animal. Alguns cuidados são importantes para combater focos e evitar criadouros do mosquito como recolher do chão do quintal as fezes de animais, folhas, frutos e troncos podres, dando o destino adequado; manter galinheiros e abrigos de animais limpos e afastados das casas; não utilizar folhas, frutos e restos de alimentos para adubo; e manter a saúde e higiene dos animais, não permitindo que o cão fique solto nas ruas.